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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: academialiterariadevida.blogspot.com/

 

MARIA DA CONCEIÇÃO OURO REIS

(1929-

 

Maria da Conceição é professora aposentada pelo Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe e Psicanalista atuante. É vice-presidente do Núcleo de Atendimento Psicológico - NAPSI com sede em Salvador/BA e membro fundador do Forum Bahiano de Formação em Psicanálise e Estudos Disciplinares. Professora do curso de Teoria Psicanalítica da UNIGAES (pós-graduação “latu senso”). Fez cursos em Zurich e Paris, também apresentando trabalhos na área de Psicanálise. Tem curso de especialização em Frances e Italiano pela Universidade Federal da Bahia; Extensão em Psicologia pela Faculdade Católica de Filosofia da Bahia; Pós - graduação em Metodologia do Ensino - UFS; Extensão em Teoria Psicanalítica - UFS e Apresentação de papaers no Centre Hospitalier Robert Ballanger - França( 1993-1994-1997 e 1999).

Durante a adolescência publicou na revista UNICA (circulou por mais de vinte anos em Salvador/BA) suas poesias e crônicas. Seu primeiro livro foi A Lagoa do Fauno (poesia), depois, já no Colégio de Aplicação da UFS, Projeto Laboratório de Criação Literária; Redigir Bem ou a Arte de Comunicar-se; EVELINA (primeiro romance, escrito quando tinha 17 anos) e O Executor, de contos. Tem até o momento, 26 livros inéditos, 30 trabalhos de psicanálise e mitologia e em andamento mais três: VIDA - ÁGUA, FOGO, TERRA E AR; Psicanálise humanizada - Ensaio; e Lições da Vovó -Método Camaleão-Crônicas. Tem trabalhos publicados no Jornal A Tarde, Jornal El Sergipense, Jornal da Cidade, Jornais e revistas da Academia Literária de Vida.

Recebeu pelos serviços prestados ao Magistério diploma de Honra ao Mérito da Associação de Professores Licenciados do Brasil seção Sergipe; título de Educador do Ano, conferido pelo Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino de Sergipe; diploma de participação no 1º Prêmio Banco Real de Talentos da Maturidade de 1999, 2000/05 e 07; título de Professor Emérito da UFS-2005; Placa comemorativa do 46º aniversário da Secretaria de Educação de Sergipe - 2006, em reconhecimento à capacidade administrativa e serviços prestados à Educação em Sergipe; Placa da Independência da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe pelos serviços prestados à Educação; título Educadora Destaque - 2008, conferido pelo Governo do Estado através da Secretaria de Educação; Troféu Falcão de Ouro, entregue na III Bienal do Livro em Itabaiana-2015. Foi homenageada com Menção Honrosa pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) em 18 de maio de 2017.

 

 

 

         O SONHO VERDE

 


As folhas, os caminhos, as pessoas,
o céu, o mar, o próprio sol poente,
até o som dos poemas, das luas,
tudo era verde. A própria dor pungente

 

        que habitava no peito. Más ou boa
as sombras que passavam... Sãs, doentes...
Se floresta existis, as leoas
dariam cor junto à fadas, duendes.

Porém, vermelho, o coração palpita.
Urgentemente, eu peço: quero fita
verde, bem verde para prender meu peito.

 

        Todos procuram; não existe jeito.
Irrompe do meu ser o rubro sangue.
Somente o meu olhar é verde, exangue.

 

 

 

 

         DESPRENDIMENTO

 

 

                Leve-me.
Adorarei o seu Deus.
Apare-me as arestas;
torne-me perfeita.
Separe o joio de minha inteligência
e colha o verdadeiro trigo
de minha imaginação.
Não ouvirei jamais
os sons vulgares.
Serei a matéria bruta
e você o artista.

 

        Leve-me.
Enxugue-me o suor
das longas caminhadas.
Seque-me as lágrimas.
Devolva-me a paz.
Extirpe do meu ser
o receio da vida.
Abrigue-me.
Proteja-me.

Leve-me
ao último ponto da jornada.
Ensine-me o segredo do Amor.
Abra-me os ouvidos
a sinfonia milésima e eterna.
Desvende-me os olhos
aos fogos do Depois.
Leve-me.
Com sua fortaleza
erga os escombros de minhas ilusões.
Com a sua coragem
afaste as colunas do Universo
e entregue-me à Arte.

       
Leve-me.
Nada mais eu possuo nem tenho a escolher.
Leve-me
e faça reviver
minhas fibras de mulher.

Leve-me.
Não tenho nada
e da estéril massa do meu espírito
faça brotar a LUZ.

 

        Leve-me.

 

                        (Do livro A lagoa do fauno – 1975).

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2020


 

 

 
 
 
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